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Resenha – Divinos Rivais

Impressões iniciais sobre Divinos Rivais

Preciso começar esta resenha admitindo que costumava ter um pouco de receio ao ler “Sucesso do TikTok” na chamada de um livro. No entanto, depois de Assistente do Vilão e Quarta Asa, percebi que gosto desse tipo de leitura. Assim, resolvi dar uma chance a Divinos Rivais, de Rebecca Ross. Trata-se de mais uma romantasia que tem sido bastante comentada, com o diferencial de ser uma duologia já finalizada e publicada no Brasil.

Uma leitura rápida e envolvente

Apesar de ter 464 páginas, o livro é surpreendentemente rápido de ler. A história gira em torno de Íris, uma jovem com a vida desestruturada, que escreve cartas para seu irmão, Forest. Ela deixa essas cartas em seu armário, de onde misteriosamente desaparecem. Após alguns meses, começa a receber respostas, mas não é seu irmão quem está do outro lado.

Durante o dia, Íris trabalha em um jornal. Apesar do cargo oficial, na prática, ela é como uma estagiária. Lá, disputa a vaga de colunista com seu rival, Roman Kitt, um jovem bonito, rico e arrogante, com quem vive implicando.

Um universo mitológico instigante

Nesse universo fictício, os deuses foram derrotados há muitos anos, após travarem uma guerra entre si. Agora, dois deles, Enva e Dacre, reaparecem e reacendem o conflito. Enva, Celestial, usa uma harpa mágica para encantar humanos e convencê-los a lutar ao seu lado. Já Dacre, Inferior, envia monstros para destruir cidades inteiras. Enquanto isso, a capital tenta se manter neutra, mesmo com a guerra avançando pelas regiões mais afastadas.

Enemies to lovers com bons personagens

Divulgam o romance como enemies to lovers, o que é bastante comum nesse tipo de obra, mas não é bem o caso aqui, já que eles não são realmente rivais. Os personagens são cativantes (principalmente ele), e torci pelo casal, mas algumas decisões da escritora pareceram apressadas. Além do casal principal, merecem destaque Prindle, colega de trabalho; Attie, que se torna uma amiga leal; e Marisol, que oferece apoio nos momentos mais difíceis.

Conforme a história avança, os personagens seguem para o fronte da guerra. Esse ponto marca o aumento da tensão e torna a leitura ainda mais envolvente.

O que funcionou (e o que nem tanto)

Considerei a leitura rápida até demais, senti que a história poderia ter sido mais aprofundada. Ainda assim, os personagens compensam, e o romance convence. A mitologia apresentada é interessante e instiga o leitor a querer saber mais.

Em alguns trechos, tive vontade de sacudir a protagonista para que enxergasse o que estava bem diante dela. Felizmente, quando essa frustração atingia o ápice, logo se resolveu, o que manteve meu interesse. Mesmo assim, acredito que Íris fez algumas escolhas questionáveis ao longo da trama.

As cartas mágicas: um ponto alto

Um dos elementos mais originais da obra são as cartas mágicas trocadas entre os personagens. Essa comunicação misteriosa funciona bem e adiciona um toque poético à narrativa. Entretanto, senti falta de um desenvolvimento maior no enredo geral, especialmente no que diz respeito aos conflitos e reviravoltas da história.

Conclusão

Pretendo ler a continuação, com certeza. No entanto, fiquei com a sensação de que Divinos Rivais tinha potencial para ser ainda mais impactante. A ambientação, a mitologia e os personagens mereciam mais tempo de exploração. Espero que, no segundo volume, a autora aprofunde esses pontos e entregue uma conclusão ainda mais memorável.
Nota: 7,5 de 10

Uma resposta para “Resenha – Divinos Rivais”

  1. […] Atenção, esse texto contém spoilers do livro Divinos Rivais! Caso ainda não tenha lido, confira … […]

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