
Atenção, esse texto contém spoilers do livro Divinos Rivais! Caso ainda não tenha lido, confira a nossa resenha aqui.
Continuação intensa e fluida
A continuação de Divinos Rivais, de Rebeca Ross, é maior que seu antecessor, com 552 páginas, mas mantém a escrita fluida e rápida. A narrativa começa imediatamente após o ataque a Avalon Bluff, onde Iris finalmente reencontra seu irmão e é levada em segurança — mas à custa de deixar Roman para morrer e se separar de suas amigas.
Forest e a influência de Dacre
Logo descobrimos o que aconteceu com Forest: ele quase morreu em uma cidade dominada por Dacre e foi “curado” pelo deus. Essa cura, porém, não é completa. Os sobreviventes voltam à vida com força suficiente para lutar, mas sem memória e com uma dívida impagável.
Roman e a guerra
Iris retorna para Oath sem notícias do marido, que também passou pelo mesmo processo de “cura”. Agora, Roman se torna o correspondente oficial de Dacre e passa a mostrar à população a visão do outro lado da guerra. As memórias dele voltam aos poucos, com a ajuda das cartas mágicas que recebe de Iris.
Os deuses ganham destaque
Este livro aprofunda o contato com os dois deuses. Roman se aproxima de Dacre, e Iris conhece Enva. Isso traz respostas sobre as entidades místicas e amplia o universo da história. No entanto, ambos os deuses são retratados de forma previsível e com pouca complexidade.
Personagens antigos e novos
Além de Iris, Roman, Attie e Prindle, novos personagens surgem, como Forest e Tobias. Outros, como Marisol e Keegan, recebem menos destaque. Nem todos os personagens são bem aproveitados, sendo esquecidos em certos trechos.
O avanço da guerra
A guerra atinge cidades maiores e se aproxima de Oath, o que aumenta a tensão. A destruição se espalha, refugiados chegam e a neutralidade deixa de ser uma opção.
Relações e decisões questionáveis
O casal principal continua tomando decisões discutíveis. Em vários momentos, Roman se arrisca muito mais do que Iris, o que desequilibra o relacionamento. Apesar de os pares românticos formados serem carismáticos, senti que muitos foram inseridos no final, com uma leve sensação de “final de novela”.
Cartas mágicas e falta de profundidade
As cartas mágicas continuam como um dos pontos altos. Essa comunicação poética e misteriosa encanta. No entanto, a escritora mantém a narrativa com pouca profundidade — algo perceptível especialmente nos momentos de perda ou nas reviravoltas, que poderiam ser mais impactantes.
Conclusão
Promessas Cruéis é um bom encerramento para a duologia, no mesmo nível do volume anterior. Ainda assim, como segundo livro, esperava um aprofundamento maior do universo e dos conflitos. A leitura foi prazerosa, mas deixou a sensação de que poderia ter sido mais.
Nota: 7,5 de 10
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