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Promessas Cruéis: Resenha -Fim da Duologia

A imagem apresenta a capa do livro "Promessas Cruéis" de Rebecca Ross. A capa é predominantemente preta com detalhes de flores azuis e laranjas, além de textura de pequenos pontos brancos que parecem estrelas ou partículas. O título está em destaque com letras brancas e douradas.

Atenção, a resenha de Promessas Cruéis contém spoilers do livro Divinos Rivais! Caso ainda não tenha lido, confira a nossa resenha aqui.

Promessas Cruéis, continuação de Divinos Rivais, tem 552 páginas e é um pouco maior do que o livro anterior. Mesmo assim, mantém uma escrita bastante fluida e simples. A leitura continua super rápida, já que a história começa de forma mais frenética.

A história começa logo em sequência do anterior, com os desdobramentos do ataque a Avalon Bluff. Durante a confusão, Iris finalmente encontrou seu irmão, que a levou (à força) para um lugar seguro. Desse modo, deixou Roman, agora seu marido, para morrer, com ferimentos graves. Também se separou de suas amigas.

Decisões precipitadas e deuses mais próximos

O casamento é um ponto que gostaria de comentar aqui. Entendo que estavam todos com medo de morrer, mas eles ficaram juntos por dois dias e já se casaram? Mal conviveram realmente como um casal. Me pareceu algo extremamente apressado e desnecessário. Uma escolha muito questionável da autora.

Logo descobrimos o que aconteceu com Forest: ele estava à beira da morte após sobreviver a uma cidade tomada por Dacre, e acabou sendo ‘curado’ pelo próprio deus. A cura não é completa, portando, deixa as pessoas melhores apenas a ponto de poderem lutar por ele, mas sem memória e com a dívida por sua vida.

Pois bem, a garota volta para Oath sem notícias do marido, que descobrimos ter passado pelo mesmo destino de Forest. Roman vira o correspondente oficial do deus, levando para a população a visão do outro lado da guerra. Sua memória vai voltando aos poucos, com ajuda de cartas mágicas enviadas por sua amada.

É interessante que esse livro consegue trazer visões bem mais próximas dos dois deuses, principalmente pela nova posição de Roman, mas também por Iris, volta ao front e também conhece Enva. Isso acaba trazendo várias respostas sobre as duas criaturas místicas e nos dando uma visão mais ampla do universo. A guerra continua, e as coisas estão desfavoráveis para a deusa. Sinto apenas que ambos tenham sido construídos de forma meio óbvia e rasa em suas personalidades e ambições.

Personagens apagados e um final que podia mais

Alguns personagens continuam tendo destaque, como Iris, Roman (apesar de separados fisicamente), Attie, e outros novos surgem, como Forest, Prindle e Tobias. Entretanto, outros, como Marisol e Keegan acabam aparecendo menos aqui. Mas a história não aproveita bem todos os personagens, e alguns acabam esquecidos em certas partes do livro.

A guerra nesse ponto já está mais avançada, em cidades maiores, próxima do final e de Oath, o que ajuda com o clima de tensão sendo construído. A destruição está por todo lado, refugiados chegam e não é mais possível ignorar totalmente a guerra.

Novamente o casal principal toma decisões duvidosas (burras mesmo), em alguns momentos senti que o relacionamento era desequilibrado, com ele se colocando em diversos riscos por ela. Também achei que, apesar dos casais formados serem fofos, e gostar de ver eles juntos, arranjarem tantos de última hora me soou como um final de novela. A escritora continua deixando a história com pouca profundidade, principalmente no momento em que ocorre uma grande perda.

No geral foi um bom fechamento de duologia, e considerei no mesmo nível de seu antecessor, mas, como deveria ser o aprofundamento de um universo já apresentado, sinto que falhou justamente nisso.
Nota: 7,5 de 10

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