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Resenha: Tempestade de Ônix – Quarta Asa

A capa do livro apresenta um design com elementos místicos e sombrios, predominantemente em tons de preto, branco e dourado. No centro, há um desenho de uma lua cheia com um morcego voando na frente dela, rodeado por nuvens e estrelas. Há também símbolos geométricos e linhas decorativas que reforçam o tema escuro e sobrenatural. No topo, há um texto indicando que é um best-seller do New York Times, seguido pelo título do livro, "Tempestade de Onix", em letras grandes, brancas e em destaque. Abaixo do título, há o nome da autora, Rebecca Yarros, em letras menores, e ao final, o logo da editora Planeta Minotauro.

Atenção: esta resenha de Tempestade de Ônix contém spoilers de Chama de Ferro!
Caso ainda não tenha lido o segundo volume da série O Empyrianoconfira antes a nossa resenha de Chama de Ferro.

Assim como na resenha anterior, não tenho como falar sobre Tempestade de Ônix sem falar dos acontecimentos de Chama de Ferro. Nos finais dos livros da série O Empyriano, Rebecca Yarros parece escritora de novelas brasileiras. Ela escreve encerramentos dignos dos desfechos de episódios de Avenida Brasil, com diversos plots que deixam muitas perguntas.

Os alunos dissidentes de Aretia e suas revoadas se uniram aos estudantes que ficaram em Basgiath. Tudo para resistir à conquista dos ninhos de dragões, e a batalha foi dura contra os Venin e Wyvern, trazendo diversas perdas.

Uma delas quase foi Ridoc, que foi salvo por Violet, em uma acrobacia que achamos que ela nunca conseguiria executar. A própria protagonista entra em risco em combate, sendo salva por Andarna. A dragãozinha consegue matar uma Venin com seu primeiro fogo.

Ridoc tem a perna arrancada, e grande parte dessa história vai ser sobre ele se reajustando à nova condição. Afinal, os estudantes se formam ou morrem, quais são suas possibilidades quando não se pode demonstrar nenhum tipo de fragilidade?

Mas é claro que o maior choque é com Xaden, que usou magia da terra. Nosso casal, quase que simultaneamente, percebe que a vida do outro está em grande risco. Assim, ambos se entregam à possível morte, mas de formas diferentes.

Xaden, neófito e o maior choque da trama

Violet descobriu o segredo para tecer égides que resistem: a raça de Andarna. Mas, após o ataque de Jack Barlowe, além de regenerada, ela precisa ser imbuída de poder. E é assim que a garota tenta entregar toda a sua força, quase morrendo. O seu irmão a salva a tempo, entretanto, imbuir a pedra tem um alto custo.

Com a ajuda de Sloane (que é um sifão) a coronel Sorrangail entregou toda a sua magia, morrendo para salvar os filhos. Vários acontecimentos de Tempestade de Ônix vão nos mostrar que ela não era uma mãe indiferente como pensávamos.

Enquanto isso, Xaden, querendo proteger sua amada do Venin que ameaça ambos, decide puxar magia da terra, se tornando um neófito. Basicamente Venin iniciante, como Jake, que o chama de irmão.

Jake, assim, vai se tornar nesta história, uma fonte de informações sobre os venin. Violet e Xaden o procuram para colher informações que possam ajudar o nosso bad boy.

O foco dessa história passa a ser então a busca por uma cura para Xaden, assim como a procura pela raça de Andarna, que pode ser a chave para vencer os venin. Por isso, Violet consegue convencer o Conselho a enviar uma força tarefa para viajar nessa procura.

Conflitos e descobertas em Basgiath e nas ilhas de Tempestade de Ônix

Temos algumas cenas em Basgiath, com brigas entre alunos, já que os alunos que ficaram na instituição não aceitaram facilmente seus colegas de volta. E muito menos as revoadas, que agora compõem o corpo discente.

O posto de “vilão do ano” passa para o General Aetos, que retorna ao colégio na posição que antes era da mãe de Violet. Ele quem vai atrapalhar a garota e seus amigos.

Falando de amigos, Ridoc e Rhiannon dão uma sumida nesse livro, a garota ficando muito limitada ao posto de líder e menos de amiga.

Sawyer em compensação, tem um grande crescimento, se tornando o novo protetor de Violet. Ele consegue se tornar mais do que só o amigo engraçado e brincalhão. Ainda que continue trazendo um bom alívio cômico.

O início da história se passa no colégio militar, onde vemos Xaden como professor. Ocorrem algumas viagens pequenas, e embates (principalmente com Theophanie, que persegue Violet).

O mais interessante é quando eles vão para as ilhas. Cada ilha tem um deus diferente, e isso muda completamente a cultura do lugar. Além disso, a geografia, fauna e flora também são diferentes em cada uma. As descrições são bem detalhadas, e algumas paisagens são muito bonitas.

Eles contam com a ajuda dos livros que o pai de Violet deixou para ela. Os volumes explicam detalhes sobre as ilhas, o que ajuda com a viagem. Ainda assim, em cada novo lugar em que pisam, precisam passar por provações, que se mostram mortais.

O livro nos traz vislumbes diferentes de alguns personagens. Vemos Mira em um luto profundo pela sua mãe, e ainda mais revoltada com Brennan. Xaden em uma paz absoluta, e até meloso. Mas também completamente descontrolado.

Novos cenários, paisagens marcantes e dragões em destaque

Os dragões aparecem bastante neste volume. Tairn sempre muito protetor em relação à Violet, Andarna e Sgaeyl, salvando o dia. Mas ele também nos dá alguns sustos.

Andarna tem um grande crescimento, ficamos sabendo mais da sua personalidade e de como ela se inspira no grande dragão negro. O seu jeito inocente é sempre cativante, e a sua busca por aceitação pelos outros de sua espécie é um dos pontos altos do livro.

Violet se torna ainda mais protetora durante esse volume, com muitos planos para salvar o namorado. A condição dele também faz com que ela precise tomar a frente sozinha em vários momentos. Além disso, a garota apresenta um segundo sinete, mas ele não é muito desenvolvido.

É um livro bom, melhor do que o seu antecessor. A troca de cenário para as ilhas foi bem positiva, e os personagens em um bom crescimento. Minha reclamação é só em relação ao final, que me deixou chateada por ter que esperar tanto tempo pelo próximo para ter respostas.

Nota: 9,0/10

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